quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Porque é que não dormes bebé?

Seria de esperar que com quase 11 meses o meu filho já me tivesse dado não uma, mas sim muitas e muitas noites de descanso verdadeiro. Noites de sono profundo e descanso completo. Mas não. Com quase 11 meses o meu filho ainda não me deixou dormir uma noite inteira desde que nasceu.

Se recuar no tempo já houve duas alturas em que as noites não eram assim tão más. Uma foi por volta dos 3 meses, altura em que por norma ele dormia 5 horas seguidas acordando apenas para comer e adormecer logo de seguida sem o menor esforço. Às vezes enganava-se e chegava a dormir 6 ou 6 horas e meia seguidas. A outra foi há relativamente pouco tempo, entre os 9 e os 10 meses. Desta última vez ele parecia estar finalmente a atinar. Já se estava a habituar a ir mais cedo para a cama sem precisar de beber o leitinho. Dava-lho quando eu me ia deitar. Depois acordava no máximo uma vez durante a noite para comer e adormecia de novo facilmente. Mas este bom caminho que ele estava a seguir desapareceu do mapa quando ficou doentito da última vez. Esteve constipado / engripado, com febre alta, nariz muito entupido e tosse, durante praticamente uma semana. E essa foi uma semana verdadeiramente caótica. Acordava muitas vezes, dormia pouco tempo seguido e tinha por noite pelo menos um período em que chorava e chorava e ficava acordado sem nada o acalmar entre 1 a 1 hora e meia. A dada altura a febre, o nariz entupido e a tosse foram embora, mas as noites terríveis não... Desde ai que ele não dorme muito bem, apesar de que aos poucos e poucos tem vindo a melhorar um bocadinho. Na verdade até já consegui por mais do que uma vez suprimir o leitinho a meio da noite. Mas tem havido períodos complicados em que, por exemplo, numa hora me levanto 3 vezes da cama...

Já deve haver quem esteja a pensar que eu sou daquelas mães que o está a habituar mal... Pois deixem-me que vos diga que eu por princípio sempre fui contra a deitar os bebés na nossa cama, a dormir com eles, a ir correr ao quarto quando eles começam a chorar, a dar-lhes sempre colo quando fazem birras ou acordam a meio da noite, a tentar adormecê-los dando-lhes leite, etc, etc e etc. Mas toda a gente, e até mesmo eu, mediante certas condições, é capaz de chegar a um certo ponto em que num simples estalar de dedos o errado passa a certo numa rapidez vertiginosa.

Eu já deitei o meu filho comigo na cama várias vezes ao início da manhã, quando ele teima em chorar e chorar sem parar e eu estou absolutamente exausta dessa noite ou do acumular de noites mal dormidas.
Várias vezes durante a noite, após muitas tentativas menos agressivas de o fazer adormecer de novo (agressivas no sentido de o habituarem mal), pego nele e deito-me com ele numa cama no quarto dele, tal é o "desespero" e a necessidade de dormir.
Também eu a partir de determinada hora da noite, me levanto quase de imediato assim que ele começa a chorar, pois já sei que se tiver azar e ele não voltar a adormecer sozinho, que vou demorar muito mais tempo a acalmá-lo e a adormecê-lo de novo do que se for logo lá no início.
E também eu lhe dou leite muitas vezes como último recurso, apesar de andar desejosa de que ele deixe de beber leite durante a noite.

É assim, não há fórmulas mágicas. Podemos ler livros atrás de livros sobre como conseguir que os bebés durmam bem. Podemos pesquisar na internet, consultar fóruns e pedir opinião e conselhos a outros pais. Mas a verdade é que nada é certo. Uma sequência de acontecimentos num dia que resultaram numa noite perfeita, noutro dia podem resultar numa noite caótica. Se ao menos pudessemos saber o que se passa naquelas cabecinhas... Mas enquanto eles não falam só podemos tentar adivinhar e desconfio que na maioria das vezes estamos muito longe de acertar no que se passa.

Paciência, temos de ter muita paciência. E amor, claro. Muito amor para dar. Porque se para nós é complicado passar noites atrás de noites a correr de um quarto para o outro, só posso imaginar como deve ser difícil para aqueles seres tão pequeninos acordar a meio da noite sozinhos e assustados, aterrorizados, com medo, com fome, com dores, sem terem outra forma de pedir e chamar por ajuda que não seja chorando... E de manhã, quando é hora de levantar e sair da cama, se eu estou a cair para o lado de tanto sono o meu filho não está muito melhor. E isso custa-me mil vezes mais do que todas estas noites quase sem dormir.

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